O crescimento da Igreja Primitiva é um tema fascinante, refletindo tanto o poder do Espírito Santo quanto a coragem e a dedicação dos primeiros cristãos.
Cada uma dessas referências bíblicas destaca momentos significativos na expansão da mensagem cristã, e é interessante ver como Deus usou diferentes circunstâncias e grupos de pessoas para estabelecer e expandir o corpo de Cristo.
- 12 discípulos (Mateus 10.1-4 / Lucas 9.1) – Este é o ponto de partida, onde Jesus escolhe os doze discípulos para serem Seus apóstolos e espalharem Sua mensagem. Esses doze homens seriam os pilares da Igreja que se estabeleceria. Jesus chama os 12 discípulos durante o Seu ministério terreno, que se acredita ter ocorrido entre 30 e 33 d.C..
- 70 discípulos (Lucas 10.1) – Jesus envia 70 discípulos para pregar nas cidades e lugares que Ele visitaria, ampliando a missão e indicando que o evangelho não seria limitado a um número pequeno de pessoas. Esse aumento sugere a expansão do trabalho missionário. Esse evento acontece durante o ministério de Jesus, provavelmente entre 30 e 33 d.C., pouco antes de Sua morte.
- 120 discípulos (Atos 1.15) – Depois da ascensão de Jesus, vemos que a Igreja primitiva começou a crescer. O número de discípulos aumentou para 120, reunidos em oração no Cenáculo, aguardando a promessa do Espírito Santo. Este é o número de discípulos no momento da ascensão de Jesus, que ocorre aproximadamente 40 dias após a Sua ressurreição, ou seja, ao redor de 33-34 d.C..
- 3.000 batizados (Atos 2.41) – No Dia de Pentecostes, Pedro prega a primeira mensagem pública após a ascensão de Cristo, e 3.000 pessoas se convertem e são batizadas. Esse é um grande marco na história da Igreja, mostrando o poder do Espírito Santo e a aceitação da mensagem. Esse evento ocorre no Dia de Pentecostes, logo após a ascensão de Jesus, em 33-34 d.C..
- 5.000 convertidos (Atos 4.4) – O crescimento continua com a pregação dos apóstolos, especialmente de Pedro e João, resultando na conversão de 5.000 homens. Esse número provavelmente não inclui mulheres e crianças, indicando que o número total de cristãos era ainda maior. Isso acontece algum tempo depois de Pentecostes, no início da Igreja, por volta de 34-36 d.C..
- O número continua crescendo (Atos 5.14) – Em Atos 5.14, é mencionado que “mais e mais homens e mulheres creram no Senhor e se uniram ao Senhor”, a ponto de perderem a conta. O crescimento da Igreja não era apenas numérico, mas também espiritual e geográfico. O número de convertidos continua crescendo de forma significativa durante os primeiros anos da Igreja, entre 34 e 40 d.C..
- Conversão de sacerdotes (Atos 6.1 e 7) – A conversão de sacerdotes ao cristianismo é um marco significativo, pois isso mostra que até mesmo aqueles que pertenciam ao sistema religioso judaico estavam sendo tocados pela mensagem do evangelho. Essa conversão de sacerdotes ocorre durante o desenvolvimento inicial da Igreja, por volta de 36-40 d.C..
- Cristãos se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4) – A perseguição aos cristãos após a morte de Estevão levou muitos a se espalharem por várias regiões, o que, embora fosse uma situação difícil, acabou sendo uma forma de disseminar ainda mais a mensagem de Cristo. Isso ocorre após a morte de Estevão, por volta de 35-40 d.C., e leva à dispersão da Igreja.
- Muitas igrejas fundadas (Atos 9.31) – Após as perseguições, a Igreja continuou a crescer, e novas comunidades cristãs foram estabelecidas em diversas cidades e regiões. A Igreja começa a se expandir para outras regiões, como Galiléia, Judéia e Samaria, por volta de 40-44 d.C..
- Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35) – O evangelho alcançou não só as cidades, mas também as aldeias, com muitos se convertendo, o que demonstra a abrangência e o impacto da mensagem cristã. Esse crescimento pode ser colocado entre 40-45 d.C., à medida que o evangelho se espalha por várias localidades.
- Gentios se convertem a Cristo (Atos 13.48, 49) – O movimento de expansão da Igreja para os gentios (não judeus) é um dos marcos mais importantes do cristianismo primitivo. Isso amplia a Igreja para além das fronteiras judaicas, refletindo a universalidade da mensagem cristã. A expansão do cristianismo para os gentios ocorre principalmente durante as viagens missionárias de Paulo, que começam por volta de 45 d.C..
- Igrejas erguidas na Ásia Menor e Turquia (Atos 14.1-28) – Paulo e Barnabé, durante sua primeira viagem missionária, fundaram várias igrejas na Ásia Menor, como as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia, e essa expansão continua a ser uma marca do crescimento da Igreja. Durante a primeira viagem missionária de Paulo, que aconteceu entre 45 e 48 d.C., várias igrejas foram fundadas na região da Ásia Menor.
- Igrejas fundadas na Europa (Atos 16.5 e 11, 12; 17.4) – A chegada do cristianismo à Europa é outro marco importante. Em Atos 16, Paulo é chamado para pregar na Macedônia e fundou igrejas em locais como Filipos e Tessalônica, enquanto em Atos 17 vemos a pregação de Paulo em Atenas, resultando em várias conversões. Durante a segunda viagem missionária de Paulo, por volta de 49-52 d.C., o cristianismo chega à Europa, com a fundação de igrejas em cidades como Filipos, Tessalônica e Atenas.
- Milhares de judeus tornam-se cristãos (Atos 21.20) – O crescimento da Igreja também foi visível entre os judeus. Em Atos 21.20, é mencionado que “muitos milhares de judeus” haviam se convertido ao cristianismo, o que mostra que a mensagem de Jesus estava atingindo grandes parcelas do povo judeu. Esse evento ocorre quando Paulo retorna a Jerusalém após suas viagens missionárias, provavelmente por volta de 57-60 d.C..
A partir de 30-33 d.C. (ponto 1) até 57-60 d.C. (ponto 14), temos um período de aproximadamente 27 a 30 anos. Esse intervalo abrange o crescimento explosivo da Igreja Primitiva, desde a fundação com os 12 discípulos até a conversão de milhares de judeus em Jerusalém
Esses marcos mostram a força do evangelho e como ele se espalhou rapidamente, ultrapassando fronteiras geográficas, étnicas e culturais, e como a Igreja primitiva foi sustentada pelo poder do Espírito Santo, oração e missão.
