Violência e Agressão: O Que a Bíblia Nos Ensina Sobre o Controle Emocional e o Perdão


A violência, seja física ou verbal, gera divisão e destruição, afastando-nos da comunhão com Deus e com o próximo.


A recente agressão envolvendo José Luiz Datena e Pablo Marçal durante um debate para a prefeitura de São Paulo traz à tona um tema que a Bíblia trata com muita seriedade: a violência.

No episódio, Datena perdeu a cabeça após ser provocado, resultando em uma cadeirada contra Marçal, o que culminou em sua expulsão do debate. Esse tipo de comportamento, além de prejudicar a imagem pública, vai contra os ensinamentos cristãos, que promovem a paz, o autocontrole e a reconciliação.

A Palavra de Deus nos orienta em várias passagens a nos afastarmos de atitudes violentas e a buscarmos a paz. Um exemplo clássico é o Sermão do Monte, onde Jesus nos ensina: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9).

A violência, seja física ou verbal, gera divisão e destruição, afastando-nos da comunhão com Deus e com o próximo. A agressão nunca deve ser a resposta a uma provocação, como exemplificado no caso do debate entre os candidatos.

Provérbios 15:1 nos lembra que “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Tanto Datena quanto Marçal envolveram-se em trocas de ofensas, o que culminou no descontrole emocional.

Esse episódio reforça a importância de mantermos a calma em situações de tensão, sendo rápidos para ouvir e lentos para falar (Tiago 1:19). O autocontrole é um fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23) e nos ajuda a evitar decisões precipitadas que possam ter consequências graves.

A Bíblia também nos adverte contra a agressão e a ira. Em Efésios 4:26-27, Paulo aconselha: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” A ira descontrolada abre portas para o pecado, e, como cristãos, somos chamados a controlar nossas emoções, evitando que a violência tome conta de nós. O episódio do debate é um alerta sobre o que acontece quando permitimos que a ira nos domine.

Além disso, Jesus nos ensina a importância do perdão e da reconciliação. Em Mateus 18:21-22, Pedro pergunta a Jesus quantas vezes devemos perdoar, e Jesus responde que devemos perdoar “setenta vezes sete”. Isso nos mostra que o perdão é uma parte central da vida cristã. Em vez de retaliar ou buscar vingança, somos chamados a perdoar, mesmo em situações de ofensa ou calúnia.

Os líderes, especialmente os que estão em posição pública, devem dar o exemplo de comportamentos que refletem os valores cristãos. Tito 1:7-8 afirma que os líderes devem ser “irrepreensíveis, não arrogantes, nem dados ao vinho, nem violentos, nem gananciosos de lucro desonesto, mas hospitaleiros, amantes do bem, sensatos, justos, piedosos, e que tenham domínio de si”. O comportamento de líderes públicos deve sempre inspirar e não desencorajar os que os seguem.

A violência nunca traz bons frutos. Provérbios 16:32 nos diz que “melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade”. Esse conselho é um lembrete de que a verdadeira força está em dominar nossas próprias emoções, em vez de reagir com agressão.

Portanto, como cristãos, somos chamados a ser exemplos de paz, controle e reconciliação, mesmo em meio a provocações e situações de estresse.

Que possamos sempre buscar a sabedoria divina para lidar com conflitos de forma pacífica e amorosa, lembrando que o nosso testemunho pode impactar positivamente aqueles que nos observam.




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